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Telefisioterapia em Uroginecologia durante a pandemia COVID-19 12/04/2021



Em setembro de 2020 foi publicado um guideline sobre
telefisioterapia durante a pandemia do COVID-19 para Fisioterapeutas que atuam em
Uroginecologia
. Esse trabalho foi encabeçado pelo corpo diretivo da nossa
associação ABRAFISM, contando também com a colaboração de representantes da
ALLAP, UROGINAP e IUGA.

Alguns pontos que gostaria de destacar deste documento e da
minha própria vivência e experiência com a telefisioterapia na nossa área são:

- A escolha da plataforma que será utilizada é muito
importante e as opções são variadas: videowhatsapp, zoom, google meet, skype,
telefone. Precisamos levar em consideração ao menos três aspectos para essa
escolha: a segurança em relação à privacidade da plataforma, nossa habilidade e
a habilidade e preferência do paciente com a plataforma escolhida.

- Temos que ter extremo cuidado com os dados armazenados
destes pacientes: prontuário, prescrições, fotos, exames complementares.

- Se a sessão for ser gravada, o paciente precisa dar o
consentimento.

- Ter clareza (para si mesmo e para o paciente) em relação
aos benefícios, às limitações e os objetivos desta modalidade de tratamento é
fundamental.

- A anamnese e prescrição de exames complementares como
diário miccional e evacuatório são tranquilos de serem realizando, podendo
lançar mão de alguns aplicativos disponíveis para a realização dos diários.

- Exame físico sofre impacto, já que não há nenhuma acurácia
nas informações que o paciente pode nos trazer sobre a sua autoavaliação e
percepção de força, resistência, coordenação, tônus muscular. Assim como
realizar essa avaliação apenas visualmente, através de uma câmera, também não
assegura uma observação adequada e traz riscos relacionados à falta de privacidade
da plataforma utilizada.

- Se o paciente der o consentimento, é possível ter vídeos
ou fotos da região íntima para a tentativa de avaliação, mas o guideline
e eu não recomendamos, pelos riscos envolvidos.

- Em termos de tratamento, a educação em saúde e o
tratamento comportamental são as abordagens mais seguras de serem realizadas.

- Se a paciente já tiver sido avaliada presencialmente, o
treinamento dos músculos do assoalho pélvico pode seguir a avaliação. Se não tiver
havido exame físico prévio, o stop-test pode ser recomendado para saber se a
paciente consegue ou não contrair o assoalho pélvico.

- Já existem aplicativos também para o treinamento dos músculos
do assoalho pélvico, com revisões sistemáticas sobre o tema já publicadas. Para
que possamos recomendar, é fundamental que pesquisemos quais existem, valores,
formas de utilização, para que possamos ter no nosso espectro terapêutico.

- Se a paciente tiver indicação de neuromodulação de superfície, podemos recomendar a compra de aparelhos portáteis, alugar ou emprestar os nossos, explicando de forma muito minuciosa como deve ser realizado e seguir fazendo o acompanhamento remoto.

- Se a paciente tiver indicação de eletroestimulação e/ou biofeedback intracavitário, isso precisará ser analisado isoladamente em cada caso, já que há risco e baixa comprovação científica da sua eficácia no uso não supervisionado.

Ministrei um minicurso sobre esse tema em 2020, ainda em abril, e foi excelente. Se esse documento já existisse, com certeza
teria sido ainda melhor!

Recomendo fortemente a leitura na íntegra do guia.
Parabenizo e agradeço à equipe envolvida pelo excelente trabalho!




























Referência:

Ferreira
CHJ, Driusso P, Haddad JM, Pereira SB, Fernandes ACNL, Porto D et al.
A
guide to physiotherapy in urogynecology for patient care during the COVID-19
pandemic.
Int Urogynecol J. 2021;32:203–210.

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